sábado, 21 de março de 2015

Dia Internacional da Árvore
Dia Mundial da Poesia
(histórias de um dia que é só um,
embalado em óbvia redundância)




Sou, inevitavelmente,
até que!
Nesse dia,
que me cubra a maresia;
que me amortalhe a ventania;
e me queimem; e me cavem; e me enterrem
lá,
onde quero nascer em árvore - supremo epitáfio 
e ter ramos;
e ter ninhos;
e servir de poleiro
a  um pássaro
que,
alheio à gravidade,
(da situação e da preclara lei)
caga, indiferente, na cabeça de quem passa.





I
, inevitably, am
Until!
On that day,
may the smell of the sea wrap me
may the wind shroud me
and may they burn me; dig me, and bury me
there,
where I want to be born a tree – supreme epitaph
and have branches;
and nests;
and be the perch
for a bird
that,
oblivious to gravity
(of both the situation and the illustrious law)
shits, indifferent, on the head of those that pass by.

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