Amaro. Nome de crime que nunca o foi, gritado nas ruas velhas de uma Leiria que, de repente, se enchem de um torvelinho de gente. É a história que os guia, a história que quase todos terão lido e que agora (re)descobrem ali, onde o escritor quis que acontecesse.
Amaro … padre que recusa a castração pela sotaina e se perde de amores como se também homem fosse…porque também homem era.
História séria, fê-la Eça. Leitura desemproada fazem-na os que agora lhe dão corpo, com o corpo ofegante da constante correria pelas vielas íngremes da velha cidade.
Jogo de esconde-aparece, de luzes… brilhantes, os cinco atores que são inúmeros e plurais e nos guiam pela trama, rua acima, história acima, num irrequieto percurso ladeado de apontamentos da inteligência de um humor que nunca se sobrepõe ao eminente drama que, também ele, se desenrola às vistas de todos, entre vielas onde a presença de José Maria Eça de Queirós nos é imposta pela memória, pela toponímia e por uma exposição de telas de grande dimensão assinadas pela artista plástica Sílvia Patrício, que marca de igual forma o percurso da história.
O tempo corre rápido quando se gosta. Por estes dias, em Leiria, nas tardes de fim-de-semana, o tempo foge veloz.
Amaro. The name of the crime that was not, shouted through the old streets of a Leiria, which, suddenly becomes alive in a whirlpool of people. They are guided by the story, the story that most will have read and are now (re)discovering there, where the writer had wanted it all to have happened.
Amaro… the priest who refuses castration by the cassock and succumbs to love as if a man… for a man he was.
A serious story, as Eça would have it, now in an uncompromised reading by those that lend their bodies to its substance, their breathless bodies, from the permanent rush along the steep alleys of the old town.
Time passes swiftly when you’re having fun. These days, in Leiria, on weekend afternoons, time speeds faster than light!
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