sexta-feira, 23 de outubro de 2015



Eu não me interessa o Champagne do Sousa. É-me indiferente o vice-cônsul Iduíno.  Sou daqueles que, em causa de causas, com maior facilidade me declararia pelas porteiras, mesmo se vulnerável e, admito, disponível para o preconceito de que esta preclara categoria de ser humano se confunde com a expressão tangível da aplicação do conceito aeroportuário – coisa da profissão - de hub and spoke (concentração e distribuição de tráfego) ao domínio das substâncias da comunicação…da informação… do “então não é que”…; da mais irrepreensível rúbrica de suplemento - a duas colunas e caixa alta - “Sabia que…?”!

Nem sequer acabei ainda de ler o livro. (afinal só o abri ontem, na hora do almoço,…. e, pelo meio, tive 3 horas de fila para a ponte, no dia em que alguém decidiu que do tabuleiro à água há menos incerteza que da dor à luz….(para que não restem dúvidas, eu acho que a pessoa estava profundamente enganada e, pelo que sei, ela, a pessoa, acabou por perceber o mesmo).

Agora, a verdade é que, não sei se pelo verde que me corre no vermelho do sangue (amarelo… só se for na  gordura… como nos frangos, ou no que deles resta nas prateleiras refrigeradas do supermercado), se por um qualquer efeito “gaiola dourada”, se pelo simples facto de eu ser um emotivo daqueles que verte lágrima e taquicardia ao mais pequeno estímulo das mitocôndrias (e não será nelas que a coisa “bate”; não será seguramente…; mas é daquelas palavras que têm semiótica de sabedor; de “diseur” de espantos e outros abrenúncios…), a verdade, dizia eu, é que em metade do livro, por três vezes….pimba: a gente olha para o lado; respira fundo, afeta pó no globo…

Metade está então para três, assim como todo está para….(o binómio de Newton é tão belo, etc. etc.)
E depois, é o prazer…
da história que se não viveu, mas que se procurou  honestamente conhecer;
do absoluto controlo discursivo;
da técnica narrativa;
da minha janela vejo o mundo… e essas coisas…

Joana…
Muito bom! Muito bom, mesmo.

PS. Não sei se leste o outro antes do teu …”os últimos marinheiros”… uma verdadeira delícia do mar, das boas, genuínas….

A gaita é que acabo por ter de ir ao Pingo Doce, só porque gosto de livros magnificamente escritos, e a gente não vai ao supermercado para estas coisas, não é verdade?


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