quinta-feira, 13 de março de 2014

Silenceto

Tenho um silêncio que te não dou
- poderias pensar atrevimento –
digo-te antes do que sou, do que não sou
(tu não estranhas e eu cá me aguento…)

Que sim…, que concordas…. que também
tal pensas …, é isso mesmo…, é bem verdade
tudo se sabe,  que é como dizem:
culpa do  tempo… crise de idade.

Aquiesço, alheio, no resguardo da conversa
que mesmo oca é teto, assegura … dá abrigo.
O que quer que digas, não me interessa

Ouvir-te é fado, parece castigo
mas silêncio não! É letra impressa!
é coisa de ouro,  só para amigo!


I have this silence that I won’t give you
- you might think I have a lot of a nerve… –
so I tell you about what I am, and what I am not
(you won’t find it strange and I can well live with it…)

Of course… you  agree, you feel
the same  about it… quite right… absolutely…
the truth always surfaces, just as they say:
blame it on the weather… age crisis.

Absent minded, I consent, sheltered by the conversation: 
even if hollow it is a roof, it reassures and protects.
Whatever you say it doesn't matter the slightest to me

To hear you is a fatality, almost punishment.
But silence is different! It is written word!
It’s precious as  gold, only meant for friends.

Note: again, translated only for the sake of  providing a meaning to the words. All the rest is a lousy exercise of  poetry and as such unsuited for translation

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