sábado, 13 de julho de 2024

 GR11-E9 (Parte 6) - Cacilhas - Oeiras

26 de Novembro de 2023



GR11-E9 (Parte 4) - Trafaria - Cacilhas

GR11-E9 (Parte 3) - Fonte da Telha - Praia do Meco

GR11-E9 (Parte 2) - Praia do Meco - Cabo Espichel

GR11-E9 (Parte 1) - Trafaria - Fonte da Telha


O tempo passa e, quando não passa, falta. Talvez por isso não tivesse ainda olhado com calma para as fotografias deste meu passeio, em Novembro de 2023, numa manhã nevoenta e fresca e, como tal, absolutamente adequada a uns quilómetros de caminho, desta vez entre o Cais do Sodré e Oeiras, já que, de Cacilhas até ao início do caminho, segui sentado num dos velhos barcos cor de laranja da Transtejo, que asseguram a ligação.

Como é hábito, sai cedo e não poderia ter feito melhor escolha, porque a manhã de nevoeiro sobre o rio que me ofereci, presenteou-me, ela também, com oportunidades para algumas fotografias menos óbvias, o que muito me agradou.

Em termos de caminho, não há muito que contar, já que este é um daqueles passeio que se faz simplesmente colocando um pé á frente do outro até o fim, sem ter que vencer qualquer obstáculo ou subida ou mesmo piso menos cómodo. Nada; é tudo fácil e agradável e, por isso,  não há desculpa para não ir reparando ao longo do caminho nas múltiplas singularidades que aqui e ali se nos atravessam e pedem senão uma fotografia, pelo menos um olhar atento, para memória futura.

O rio e o nevoeiro: um clássico. Uma manhã de aguarela que contemplo de um barco quase vazio, que se lança já para a outra margem. O início de um vai-vem que se estenderá por muita horas ao longo do dia.


Indiferente, o farol de Cacilhas brilha por entre o nevoeiro, mesmo que apagado; mesmo que apenas decorativo.

Do outro lado do rio, desembarquei ao mesmo tempo que o sol...

... e iniciei a minha caminhada enquanto outros descansavam da sua.

Talvez aproveitando para conversa de circunstância sobre o tempo, o Cristo-Rei e a Ponte espreitavam  por cima do matinal banho de espuma



O barco em que vim, estava de volta outra vez.

Uma ilustre desconhecida olha-me de frente. Bom dia!


Cada vez mais é frequente encontrá-lo em muitos sítios.. porque o merece: Vihls - para lembrar que foi português o primeiro ocidental a pisar solo da Coreia.

Heróis da Pandemia... as polémicas estátuas de Rogério de Abreu

e uma Guitarra, de Domingos Oliveira, em homenagem ao fado e a Amália Rodrigues.

O anel de Joana Vasconcelos. Não me contenta tudo o que lhe sai do lápis, mas desta vez não vejo como não gostar.

O mesmo com o traço modernista da estação fluvial de Belém, 

e com o Padrão. Eu sei... eu sei.... mas sempre gostei dele, não é agora que o iria renegar.

Uma estranha ave, pousada num lago.

Duas epopeias que, na prática, são só uma, ou não fosse Belém local de partida por mar e ar.

Só mesmo de manhã cedo é possível o milagre de não ter ninguém à vista.

Os combatentes, os veteranos das guerras, mesmo quando as ganham, perdem-nas.

Que pimpão vai o Aquário, todo pintadinho de fresco,

com o seu bonito friso de bicharada a cumprimentar quem viaja de comboio...

Ainda há casas com graça, no meio dos prédios de muitos andares.

quase diria que a torre do Centro de Coordenação e Controlo de Tráfego Marítimo dá um certo ar de ficção científica à imagem, assim, inesperada, alta, isolada, inclinada.

O farol da Gibalta  e a sua luz vermelha que emparelha com o verde gritado pelo Bugio, ambos a marcar a entrada da barra.

Forte de S. Bruno

Com tamanho ar de poucos amigos, deve ser a guardiã do forte...

O bonito Chafariz de Paço de Arcos.

Já o disse, e corro o risco de  me repetir, mas há tantas vezes uma plasticidade na  decrepitude que verdadeiramente me fascina...

Tal como o Bugio, lá ao fundo, que fica tão bem visto deste lado, como do outro, de onde o costumo ver.

Nada mais que um muro... e no entanto.....

Se o Bugio ali não estivesse, não tinha piada a fotografia.

ver legenda anterior...

À chegada a Oeiras, deparei-me com esta cena na praia. Não sei se pelas cores, se pela composição, se por ambas,  mas há, definitivamente, um je ne sais quoi na foto, que me agrada.

Enquanto esperava na estação pelo comboio que me levaria de volta ao Cais do Sodré, não pude deixar de admirar o bonito logotipo da extinta Fundição de Oeiras.


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