Orquídeas. Foi por elas que saí hoje com o nascer do sol. Sabia que as havia para os lados do cabo Espichel e foi lá que as fui procurar, entre a Azóia e o farol, no lado nascente da língua agreste que forma o próprio cabo.
São pequenas, algumas delas. Tão pequenas que facilmente se não dará pela sua envergonhada presença, numa caminhada mais despreocupada. Eu que as procurava de olhos atentos, confesso que uma hora passada sobre o inicio da caminhada estava já a pensar que voltaria para casa de mãos (e máquina) a abanar, não fora o sorriso matreiro de uma erva-abelha - assim dizem os compêndios que o povo lhe chama - me ter chamado a atenção ( ou não fosse eu daqueles que prezam quem com sorriso franco os chama…).
Sabendo o que se procura a busca torna-se mais fácil e facilmente descobri muitas outras destas pequenas plantas na terra mais nua, entre erva e vegetação rasteira.
Destas e de outras, porque foram 4 as espécies diferentes que num só passeio tive a sorte de poder ver, eu que nenhuma delas alguma vez tinha visto, pelo menos desde que iniciei a minha muito pessoal coleção de muito especiais cromos, que não se vendem, não se trocam, mas que guardo com orgulho e mostro com prazer.
Ontem voltou o sol, hoje foram as orquídeas …
Pena é que tudo o resto continue a ser Portugal… e não é pelo país, de que eu tanto gosto….
Erva-abelha - Ophrys speculum
Anacamptis papilionacea
Erva-dos-macaquinhos-dependurados Erva-vespa
Orchis italica Ophrys lutea
Orchids. The reason why I went out early, today. I knew that they could be found in the Cabo Espichel area, so that’s where I went looking for them, between Azóia and the lighhouse, on the eastern side of the rough strip of land that forms the cape.
Some of them are tiny. So much so that the occasional trekker on a carefree hike will not, in all probability, notice their inconspicuous presence. I do confess that one hour into my walk, in spite of having been looking for them with eyes open wide , I started to think I would have to go home empty handed (and that means photos also), were it not for the cunning smile of an erva-abelha – so people call them, say the books - who grabbed my curious attention (I, being of the type who cannot resist a smiling call…)
Knowing what to look for makes for an easy search and I easily found many other specimens of these tiny plants amidst grass and undergrowth.
But they were not alone, because I was lucky enough to find 4 different species that I had never seen before, at least since I began my very personal collection of very special stickers, that cannot be sold, cannot be traded, but that I proudly collect and exhibit with pleasure.
Yesterday the sun was back, today the orchids….
Pity that all the rest continues to be Portugal… and I don’t mean the country, which I so much like….