Abro a janela, está sol, começou o verão
Será dos tempos? Do hábito de recluso?
é que nada me interessa nesta estação
sem graça e monótona, sem forma de uso…
idiota, pedante, de mim outros dirão
ao saber que proclamo este meu enfado
contrário aos cânones da uniforme multidão
que em imutável alteração de estado
ano após ano se reagrupa e anseia,
qual sincrónica e coletiva alcateia
pela areia dos algarves ou do Iucatão
enquanto eu remoo triste “Ai que me dera
voltar atrás…” pr’a não sair da primavera
de flor subtil, que sei florir no teu botão.
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