domingo, 6 de abril de 2025

 Notas de viagem roubadas a um diário que não escrevi,

em partes, tantas quantas me promete a memória...


29 de Março de 2025 -  Bordéus / Saint Emilion / Bordéus



Planear com alguma antecedência é, regra geral, preocupação do viajante. Podemos ser mais ou menos detalhados nas variantes que integramos nos nossos planos de itinerário, em função da nossa própria personalidade e interesses, mas itens do cardápio do viajante como o tempo atmosférico e a disponibilidade de transportes, têm, por certo, residência permanente no mais básico dos menus.

Também eu planeei a minha ida a Saint Emilion. Até com uma antecedência que não me é característica: ainda em casa, onde agora escrevo, vi opções de transporte, tempo, que ver, etc. etc.

Tínhamos decidido que, como a nossa visita a Bordéus já era coisa de repetente e que iríamos, ainda assim, dedicar um dia inteiro a relembrar a cidade, o segundo dia do nosso passeio fosse principalmente preenchido com uma ida a Saint Emilion, para descobrir uma vila que ostenta o honroso estatuto de Património Mundial outorgado pela UNESCO, em razão das suas igrejas românicas e das tradições de produção de vinho, que na região de Bordéus são, de qualquer forma, o substrato em que assenta grande parte da economia.

Tão cuidado no planeamento fui eu que, na véspera, em Bordéus, passei mesmo pelo local onde se deveria apanhar o autocarro que percorre os cerca de cinquenta quilómetros que separam as duas localidades, para ter a certeza de que não perderia tempo à sua procura, quando chegasse a hora da partida (que também foi alvo da correspondente verificação).

Decidimos que partiríamos de Bordéus no autocarro das 11h00, o que nos daria tempo para uma manhã de sábado descansada e de calmo passeio.

E assim fizemos, passando por sítios ainda não visitados, como a praça da Vitória e a sua tartaruga, que, de resto, não pude fotografar como pretendia...: uma mãe, cansada de turistas ou simplesmente antipática e mal-educada, vendo-me a fotografar a coluna do monumento ao vinho e as tartarugas, sentou-se ostensivamente na base da coluna e "largou" as crianças nos simpáticos quelónios, impossibilitando qualquer fotografia mais cuidada.

Várias vezes me tenho debatido com esta praga de pessoas mal dispostas com os elementos, que se comprazem em se confundirem com objetos de mau gosto (que em grande medida são o que efetivamente são...); irritam-me de sobremaneira, mas contra a estupidez é muito difícil encontrar outro argumento que simplesmente ignorá-la.....

Com o tempo a passar, dirigimo-nos para a Place Quinconces, local da paragem do 4617, o tal autocarro que, às 11 horas, nos levaria para Saint Emilion. Já estava gente na paragem e tínhamos ainda cerca de 15 minutos de espera. 

Um autocarro veio e parou... não era o nosso mas outro dos sistema de transportes de Bordéus. As pessoas que nos acompanhavam na paragem entraram todas; o autocarro partiu; o relógio marcava 10h55; o nosso deve mesmo estar a vir, pensei...

11h00; 11h05, apenas nós na paragem. levanto-me e vou confirmar o horário no placard da paragem... 

4617 - Bordeaux Quinconces-Libourne-St Emilion, partidas todos os dias às 9; 11; 12; 13h....

"Diabo, ... que se passa?"

Um novo olhar para o horário fez-me só então descobrir uma nota inscrita sobre a folha: válido a partir de tantos de abril....

No melhor planeamento cai a nódoa, dir-se-á... uma rápida consulta ao google maps e aí vamos nós de novo no tram, em direção à estação de Saint-Jean, para tentar a outra hipótese disponível para chegar ao nosso destino.

Por sorte há um comboio a sair quatro minutos depois de comprarmos os bilhetes e, em menos de nada, eis-nos dentro de um confortável comboio para partir finalmente para Saint Emilion.... se perdêssemos este, só duas horas depois haveria outro, a mesma frequência com que teríamos de nos haver no regresso, acrescida do facto de entre a estação e a vila haver que percorrer, a butes, dois quilómetros de estrada.

Talvez porque o sol estava perto do no zénite e a luz desagradavelmente dura, mas Saint Emilion, depois de percorrermos algumas centenas de metros já no coração da vila, não nos parece nada do outro mundo, estragados que estamos por tantas vezes visitarmos Monsaraz, ou Marvão, ou Óbidos...

Antes da vila, aqui e ali a imponência de alguns châteaux com as suas belissimamente tratadas vinhas; dentro da vila, casa após casa de ... venda de vinho. 

Um praça grande, ocupada pela esplanada de restaurantes, uma afamada igreja monolítica que não visitei porque estava fechada, uma outra igreja românica com um bonito claustro, com uma das paredes ocupada por um fantástico pintura sobre painéis de madeira, dedicada ao "Apocalipse",  que, leio mais tarde, foi e é fonte de enorme polémica já que tinha um custo estimados de 450 000 euros e que não havia dinheiro para a pagar.... não sei se já resolveram a questão, mas que a pintura magnífica é.....; algumas casas bem cuidadas, ruas estreitas,, uma torre de castelo....

Tudo visto e revisto, decidimos avançar para o comboio, já que senão teríamos mais duas horas de espera até ao próximo, sem muito para fazer ou em que gastar o olhar. 

O comboio vem um pouco atrasado. No caminho de volta, dormitamos...

Bordéus, de novo. A Garonne.... falta-nos atravessá-la de barco. O passe também é válido para o serviço nos simpáticos barcos elétricos: o BATO.

cruzamos o rio duas vezes até chegarmos à paragem mais a nascente. Espera-nos um longo passeio borda rio que, ao longo de armazéns convertidos em centro comercial, nos vai levar até as imediações da cidade do Vinho e do seu inconfundível edifício.

Não temos qualquer vontade de visitar o edifício por dentro. Eu, em particular, estou de relações cortadas com o delicioso néctar há muito tempo e nada mais lá dentro há para fazer que não seja  dele falar, ver, provar... não me apetece.

Voltamos parta casa, finalmente, de tram e autocarro. Os pés estão cansados e o corpo também. Espera-nos mais tarde um agradável jantar com umas deliciosas "moules" e uns estaladiços eperlans (pequenos peixinhos fritos) e o aconchego de um bom sono antes da manhã do dia do regresso. 

Bordéus


a sombra de um candeeiro no sol forte da manhã, e a prova de que as portas, em Bordéus, por vezes são invulgarmente estreitas 


a torre do monumento à vinha e ao vinho, e as tartarugas suas companheiras




medalhão do friso superior da Galerie Bordelaise, uma passagem comercial bem no centro da cidade, construída no sec. XIX.

Saint Emilion


Château Fonplegade


um curioso mostruário de garrafas....




Lojas de vinhos em Saint Emilion, uma de muitas....


Os benefícios de passear à hora de almoço: ruas desertas (e luz quase zenital... não se pode ter tudo :-))


Entrada da igreja monolítica (a maior da Europa, segundo li)


Uma velha casa de construção enxaimel



(continuava a ser hora de almoço....)


a fachada da Câmara


A  nave e o presbitério da Église collégiale de Saint-Émilion




Detalhes do grande painel de quase 40 metros de comprimento instalado numa das paredes do claustro





(a razão das ruas estarem desertas)




O Campanário da igreja monolítica e a Tour du Château du Roi são dois dos pontos altos que dominam a paisagem de Saint Emilion


Uma velha fachada, a caminho da estação de comboio

Bordéus


Um dos simpáticos barcos elétricos do serviço "BATO"...


... e um dos enormes navios de cruzeiro fluvial no  Garonne... (ainda comemos uma excelente e gorda tâmara no mercado dos Capoussins distribuída por um funcionário da Viking cruises que nos tomou por turistas do grupo que visitava o mercado na mesma altura que nós :-))


A ponte Jacques Chaban Delmas com o tabuleiro elevatório totalmente descido.


Detalhe na parede lateral do Edifício do Cap Sciences, um centro para divulgação científica técnica e isdustrial


Edifício da cidade do Vinho


quinta-feira, 3 de abril de 2025

Notas de viagem roubadas a um diário que não escrevi,

em partes, tantas quantas me promete a memória...


28 de Março de 2025 -  Bordéus




A ponte de pedra, a torre do relógio, a ópera, o espelho de água, a catedral de Saint-André... o tempo fê-las memórias... algumas tão ténues que me custa mesmo recompor a imagem, algures cá dento onde as guardamos.... mas sim, estão lá e, pouco a pouco, detalhe a detalhe, vão-se tornando claras, como se para elas olhasse pelo visor da minha máquina fotográfica e as reconstruísse com os convenientes ajustes no anel de focagem...

Passaram já mais de dez anos... sinto-me a passear por dentro de um filme mudo, como sempre me acontece quando regresso a sítios onde já alguma vez, num passado não muito recente, tenha estado. 

Aqui e ali um detalhe que me suscita uma maior lembrança... a esplanada do café em frente à Porte Cailhou, onde me entretive a fotografar o arrasto de pessoas que passavam de bicicleta (olhando para  a foto que abre o texto, parece que a cidade tem este efeito em mim.....); o campanário da catedral que, mais que o edifício, me recordou a praça em que ele se ergue; a escultura de uma face ao lado da Ópera, que ainda há pouco mais de um mês emparelhei com outra do mesmo autor - jaume Plensa -  ao lado do Palau de Musica Catalana, numa visita a Barcelona, que me transporta de novo para dentro do belíssimo teatro onde, desta vez, não vou entrar, por falta de programa convincente....

Saímos pela manhã, diretos ao centro, para reavivarmos o conhecimento que sobrou da nossa anterior visita, mas dispostos também a acrescentá-lo com mais alguns motivos de memória futura. 

Primeira paragem: Marché des Capusssins. Adoro visitar mercados quando viajo, já que, de alguma forma, são uma mostra do que de genuíno ainda há nas velhas cidades e sítios. 

Dir-se-á que nem sempre assim será; que o turismo também fez de alguns mercados parques de variedades para consumo turístico (basta lembrar as bancas do mercado dos lavradores no Funchal, cheias de fruta importada vendida como local, a preços exorbitantes..), mas a verdade é que fora das maiores cidades e dos grandes destinos turísticos, os mercados ainda retêm uma aura de autenticidade e de espelho social e cultural que deles faz, pelo menos para mim, visita obrigatória e quase sempre prazenteira.

Isto é particularmente verdade em França, já que, regra geral, o cuidado e esmero colocado pelos vendedores na apresentação dos produtos nas suas bancas quase me fazem pensar que passeio por dentro de bonitas naturezas mortas de refinados pintores.

Assim é aqui também nas bancas de peixe, brilhante de fresco, repartindo as camas de gelo picado com as ostras trazidas de perto, da baía de Arcachon, ou dos mexilhões, vindos do mesmo sítio, ou talvez do vizinho País Basco, ou de legumes e fruta, pulsantes de verde e frescura... mas os preços.... que me lembre, a vida em França nunca foi barata, mas mesmo agora, que os preços em Portugal são bastante mais Europeus do que há uma vintena de anos, tudo é substancialmente mais caro que na terra onde agora escrevo estas linhas. 

Como em qualquer mercado que se preze, algumas bancas servem já refeições ou "snacks" para aqueles que se levantaram bastante cedo. Não esqueçamos que para uma banca abrir às 8 da manhã, provavelmente quem nela trabalha poderá ter-se levantado às quatro ou  cinco da manhã, pelo que julgar as rotinas dos outos pelas nossas próprias, não é por certo a melhor prática....

Numa delas, um galo de Barcelos na vitrina... estou em casa, podia ser num mercado qualquer de Tràs-os-Montes ou do Algarve; encostados ao balcão, alguns conterrâneos desfazem a cavaqueira com pequenos copos de tinto... 

Fora do mercado, na rua, outro mercado se ergue, em bancas temporárias onde tapetes de oração ou edições de bolso do Corão partilham as bancas com pequenos adornos de  artesanato africano, frutas tropicais, frescos champignons... "C'est locale, madame!" 

Uma cidade cheia de gente, Bordéus. Estamos longe da época alta, e as ruas fervilham de gente no de cá para lá e de lá para cá de agitados quotidianos. Muitos imigrantes, magrebinos, portugueses, mas todos locais, que os turistas, esses, hão-de vir mais lá para a frente, embora também, aqui e ali, pontue uma complexão mais loura ou se ouça alguma língua menos  geograficamente consentânea com o que por aqui são as normas.

A Basílica de Saint-Michelle está fechada (e o campanário em obras). Seguimos para o rio.

La Garonne continua o seu curso castanho por baixo da grande Pont de Pierre e nós caminhamos contra-corrente.

Bordéus prepara a chegada do verão e quer mostrar boa cara a quem a vista. Os canteiros ao longo da frente ribeirinha estão a ser meticulosamente cuidados, tanto que a passagem pelo meio de os mesmos está vedada aos peões, enquanto alguns jardineiros se atarefam em podas, desbastes e limpezas.

Mais à frente, canteiros já alegremente em flor exibem deslumbrantes papoilas de vibrantes cores.... só faltava mesmo era ligar a água das fontes para a cidade ter a alegria que a primavera reclama.

Que o diga o magnífico espelho de água, que tão belo fica ao fim de tarde a refletir os edifícios e a fonte da Praça da Bolsa e que, por estes dias, não passa de um insuspeito lajeado de cimento?

Uma fonte sem água é uma tristeza... quase uma violação de um direito, para quem por ela passa e a admira. O Monumento aos Girondinos tem uma belíssima fonte na base da coluna que se ergue para suportar a figura da Liberdade, ostentando nas mãos as cadeias que acaba de romper.

Mas assim seco, silente, mudo do sopro fresco dos jorros de água que habitualmente lhe enchem a base, o monumento parece doente, diminuído.... que sentirão os belíssimos corcéis com estranhas membranas interdigitais em vez de cascos e rabos de sereia, que galopam num dos lados da fonte, atrelados à carruagem em que viaja a República e que fendem agora o ar e não a água?

Les Cannelés ... não me lembro de neles ter reparado na nossa outra visita de há anos. Mas agora é impossível não dar por eles, pois são várias as  "franchises" que os propõem. Provo-os... e quero prová-los de imediato outra vez, (mas resisto à tentação...): um exterior acaramelado, firme, mas não crocante, de açucar queimado, quase em jeito de cobertura de crème brulée, contrasta com um interior esponjoso, com textura de queijada.... o acre do rum e o aroma da baunilha.... delciosos!

Por alguma razão que não descortino, quase todos os museus da cidade estão fechados para obras de renovação.

Felizmente, o museu de belas-artes não. É para lá que nos dirigimos, depois das nossas habituais sandes de almoço, num banco de jardim público abençoado com a sombra larga e fresca de uma árvore.

Tiziano, Rubens, Brueghel (Pieter), são alguns dos nomes sonantes na galeria da direita, que alberga obras dos sec. XVI a XVIII, enquanto os séculos XIX e XX ocupam a ala esquerda do museu.

É esta última que mais curiosidade me suscita, já que o período que medeia entre o fim do sec 19 e a primeira metade do 20 tem para mim, como nenhum outro, o encanto da continua descoberta.

Monet, Manet, Kokoschka, Matisse....e no meio deles um belissísmo retrato (Portrait de Madame Dequis) da lavra de Joaquim Sorolla, de quem eu tanto gosto.´

Goya e várias gravuras suas são tema ainda para uma exposição temporária do museu na cidade que o acolheu nos últimos 4 anos de vida... a guerra, como sempre, e a tauromaquia, no traço cinzelado do mestre....

Saio do museu ainda com a expressão do "Garrotado" a ocupar-me a memória próxima.... a  última execução em Espanha com esta monstruosa forma de matar ocorreu em 1974.... como foi tal coisa  possível.... tanto que avançámos  no meu tempo de vida.... como é possível haver gente com saudade destes tempos... muita dela tem saudades do que não viveu, não conheceu.... são os piores....

O dia estava completo no programa que para ele tínhamos traçado e os pés acusavam já o esforço, a pedir descanso para a jornada seguinte. Não obstante, depois de algum descanso em casa para jantar e tomar abrigo da chuva que entretanto se anunciara, voltámos ao centro histórico, para ver Bordéus à luz das luzes, que agora se refletiam nas superfícies molhadas das estradas e vidraças, criando múltiplos espelhos de água, à falta do tão famoso equipamento, que teimava em se manter inativo.

Ruas quase desertas, agora. A algum tempo depois, também nós as abandonamos para o conforto de uma cama que nos devolveria a compostura de que o corpo precisaria em poucas horas, para mais um dia de passeio e descoberta....dele falarei, a seu tempo. 



As bem compostas bancas do mercado dos Capuchinos... e a sempre agradável descoberta de legumes nunca vistos  


Ao lado, um edifício bastante mais interessante que o do atual mercado: o Marché des Douvres, inaugurado em 1886 e que, desde 2015, está destinado a abrigar associações locais.

A-MO é um Street Artist com alguns trabalhos espalhados por Bordéus. Lá, como cá, há também idiotas especializados em utilizar sprays de tinta não para criar, mas sim para estragar o trabalho de outros...

 
Olhar a rua em dias assim, lembra-me sempre o  incomparável título do Cesariny... que bela vai a  Primavera Autónoma das Estradas 




As portas em Bordéus são muitas vezes estreitas e, curiosamente, não é incomum vê-las escondidas sob uma espécie de cortina


A longa Ponte de Pedra e a Porta Cailhau


O tram liga as duas margens do Garonne sobre a Ponte de Pedra ...


... mas também se pode atravessar no serviço BATO, com simpáticos barcos elétricos.


A tristeza da secura no espelho de água  em frente à bonita Place de la Bourse...



... contrastava com a jovial beleza das papoilas do jardim da marginal


A Liberdade...


... e a República, mais os seus curiosos cavalos também têm de esperar que alguém ligue a torneira para então sim mostrarem todo o esplendor do monumento aos Girondinos.



A cúpula do torreão das Galerias Lafayette espreita pelos andares cimeiros dos prédios no largo da Ópera. 


A esquina da Maison du vin, famoso bar de prova do néctar que por aqui é rei.


Sanna, a escultura de Jaume Plensa. Pelo que consegui apurar. a peça ficou ali instalada no fim de uma grande exposição dedicado ao seu autor, que a cidade acolheu em 2013. Foi organizado um "crowd funding" para a sua compra, mas o montante conseguido não chegava para a aquisição. Finalmente, em 2015, um colecionador particular local, seguramente endinheirado, adquiriu a majestosa peça e estabeleceu um protocolo com a cidade, cedendo a mesma temporariamente por um período de 7 anos, que foi renovado, para já, por mais 5 anos, até 2027.


Os recantos e encantos que só as cidades com história nos propõem.

 Grosse Cloche




 Catedral de Saint André 


"Gloire aux vaincus",  bonita estátua que honra os soldados vencidos na guerra Franco-Prussiana de 1870-71


O saxofonista que enchia a praça da catedral com alguns bem tocados standards ... "Fly me to the moon...."


A fachada frontal superior do Hôtel de Ville...


.... e a fachada traseira. Em cada um dos seus lados, erguem-se as alas Norte e Sul do Musée des Beaux Arts...


...e a surpresa de um belo retrato com a mestria de Sorolla.





Uma última passagem pela catedral, que estava agora aberta para uma bênção ligada ao tempo da Quaresma, que agora se atravessava, daí o roxo da iluminação, creio.




Por fim a noite, a chuva e as linhas de luz do arrasto do tram, em que embarcámos para tornar a casa....

À demain, Bordeaux...