segunda-feira, 1 de novembro de 2021

 Notas de viagem roubadas a um diário que não escrevi,
em partes,
tantas quantas me promete a memória


27 de agosto

Como sempre, saímos cedo. Há que aproveitar o melhor possível a horas de luz num Agosto que já tem os dias em duração decrescente. Direção: Ainsa. Pela estrada, sobre uma curva, chama-me a atenção a luz sobre uma povoação no vale. Paro para tirar uma fotografia. leio mais tarde que esta é a vila de Janovas, um caso triste de abandono forçado, por causa de uma barragem que nunca chegou a ser construída e que nunca o será. Tivesse eu sabido e teria ido visitar a aldeia que está toda em ruínas. Cá de cima, de onde a avisto, não me apercebo do seu estado geral. Apenas a luz me chamou a atenção. consigo agora ver nas fotografias os edifícios abandonados, em ruína. Pena...


Ainsa

uma vila com todo o ar de viver do turismo e dos turistas, anichada no alto de uma colina, que reparte com as muralhas de um grande castelo. Um cartaz colado num dos edifícios encostados à muralha, chama-me a atenção. Mais uma razão para me castigar... a segunda do dia: a seguir à cidade fantasma, agora é a vez de ter perdido a possibilidade de visitar um alimentador dos abutres, coisa que seria possível com prévia marcação ali mesmo... azar, fica para a próxima.

Um café na Plaza Mayor, uma vista geral da vila e ala, que se faz tarde....

Uma das jangadas onde em tempos idos se fazia o transporte de tudo pelos rios de Navarra, em Ainsa.

Benasque

a ideia era fazer uma caminhada já na área do Parque Natural Posets Maladets. Para lá nos dirigimos parando primeiro em Benasque para desentorpecer as pernas e dar uma volta pela bonita vila, cheia de pequenos pormenores que convidavam ao olhar atento.






Seguimos o GPS, e em má hora, porque, por alguma razão, nos mandou voltar para trás e, sem nisso reparar, estávamos de novo a fazer o caminho para Ainsa, ainda que por uma outra estrada. Desfeito o engano (que acrescentou quase 80 km ao passeio 😠) lá encarreirámos por onde devíamos. Quase, quase a deixar a área do parque Posets Maladeta, conseguimos encontrar um trilho bom de fazer, no vale de Salenques.

O trilho corre ao lado de um rio. no vale, sempre á sombra de faias e abetos e, se o continuássemos depois de chegar à passarela sobre o rio, que cruzámos após uma boa caminhada, poderíamos alcançar a cascada del pi. O tempo ameaça chuva, a pendente ia apertar pelo que decidimos jogar pelo seguro e regressar, o que tivemos que fazer pelo caminho por onde viéramos, porque o trilho do lado oposto do rio estava fechado, invocando-se para tal razões de segurança, nos avisos ali colocados.




Icnofósseis?





Fim do trilho e fim do dia, porque seguimos para Barruera, no Valle de Boi, nosso pouso para as próximas duas noites.


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