Notas de viagem roubadas a um diário que não escrevi,
em partes,
tantas quantas me promete a memória
4 de setembro
Último dia da viagem. Levanto-me cedo e saio para o centro histórico de uma Ciudad Rodrigo que ainda dorme, para tirar partido fotográfico da falta de gente nas ruas.
Fotografia de arquitetura não é o meu forte. Acho até que é uma disciplina muito difícil a exigir equipamento adequado, que não tenho, para controlar os problemas de perspetiva que o estarmos quase sempre obrigados a fotografar do solo coloca, quando se procura fotografar edifícios e estruturas de grandes dimensões.
Não obstante, e mesmo sabendo que as fotografias nunca teriam lugar numa qualquer exposição, não me coibo de carregar no botão do disparador largas vezes, porque o importante e a memória futura de uma férias que chegam ao fim mas que tiveram o condão de me saber imensamente bem depois do tempo que passámos todos sequestrados por um vírus que teima em não dar tréguas.
Por outro lado, gosto também de sentir o acordar das vilas e cidades por onde, por vezes, passo. Não me esqueço, por exemplo, da senhora carteira que queria entregar uma carta na casa onde eu estava a fotografar a maçaneta da porta e que, pacientemente, esperou que eu acabasse e ainda me deu uma dica sobre onde encontrar outra maçaneta curiosa.
Não se vê vivalma e, de repente, começam as luzes a acender, portas a abrir, esplanadas a serem montadas.... é o dia que me vem fazer companhia, a mim, que o gosto de ter por perto e bem cheio...
Plaza Mayor |
Ayuntamiento |
Correos |
Palácio da la Marquesa de Cartago |
Catedral |
Ronda de la Muralla |
Palacio de los Ávila y Tiedra |
A maçaneta que me fez atrasar o correio.... |
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