sábado, 27 de novembro de 2021

Notas de viagem roubadas a um diário que não escrevi,
em partes,
tantas quantas me promete a memória


4 de setembro

Último dia da viagem. Levanto-me cedo e saio para o centro histórico de uma Ciudad Rodrigo que ainda dorme, para tirar partido fotográfico da falta de gente nas ruas.

Fotografia de arquitetura não é o meu forte. Acho até que é uma disciplina muito difícil a exigir equipamento adequado, que não tenho, para controlar os problemas de perspetiva que o estarmos quase sempre obrigados a fotografar do solo coloca, quando se procura fotografar edifícios e estruturas de grandes dimensões.

Não obstante, e mesmo sabendo que as fotografias nunca teriam lugar numa qualquer exposição, não me coibo de carregar no botão do disparador largas vezes, porque o importante e a memória futura de uma férias que chegam ao fim mas que tiveram o condão de me saber imensamente bem depois do tempo que passámos todos sequestrados por um vírus que teima em não dar tréguas.

Por outro lado, gosto também de sentir o acordar das vilas e cidades por onde, por vezes, passo. Não me esqueço, por exemplo, da senhora carteira que queria entregar uma carta na casa onde eu estava a fotografar a maçaneta da porta e que, pacientemente, esperou que eu acabasse e ainda me deu uma dica sobre onde encontrar outra maçaneta curiosa.

Não se vê vivalma e, de repente, começam as luzes a acender, portas a abrir, esplanadas a serem montadas.... é o dia que me vem fazer companhia, a mim, que o gosto de ter por perto e bem cheio...

Plaza Mayor

Ayuntamiento

Correos


Palácio da la Marquesa de Cartago



Catedral



Ronda de la Muralla




Palacio de los Ávila y Tiedra


A maçaneta que me fez atrasar o correio....

Um café na Plaza Mayor, depois de uma volta pelo mercadillo que por ser sábado enche de padrões e vendedores de roupa e calçado a praça  junto à muralha. Muito pouco interessante, a única banca que destoava do trapo era de um florista...

É hora. carregado o carro, rumamos novamente a casa, depois de treze dias de agradável viagem e de vistas largas, novas e diferentes, afinal o motivo para ir....

em Corroios, já ao chegar quase a casa, uma olhadela para o lado do rio mostra-nos que háq flamingos ao pé do moinho de maré.  Está mais que justificado o desvio. fotografo o que posso até que o guarda do moinho nos lembra que se não quisermos ficar por ali fechados temos de ir embora...

E depois, como faríamos para partir novamente?







 

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